China } Qinguai } June 2010

Como Fumar Menos

Imágenes de como fumar menos frescas:


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Image by travelmeasia

Se um dia eu fosse escrever um livro sobre a semana que passou, seria difícil evitar o título “As aventuras de um andarilho perdido na China”. Como eu gostaria de poder traduzir em palavras pelo menos um pouco da emoção que experimentei durante esses últimos dias. Não tem jeito, como eu não tenho o dom da escrita você terá que vir para cá um dia para saber do que eu estou falando e fazer o seu próprio livro de aventuras.


Agora, quando fecho os olhos vejo cavalos correndo, monges sorrindo, crianças com o narriz escorrendo, dentes de ouro, yakes pastando, marmotas se escondendo e, claro, chá com manteiga sempre me esperando. Isso é apenas um pouco do que se pode ver nessa imensa região de pradarias verdejantes que antes da invasão chinesa era o Tibete. Na verdade, mesmo ainda depois de tantos anos, ela nunca deixou de ser tibetana sendo chamada de província de Quinghai pelo governo chinês apenas no mapa para efeitos de separação e colonização.


Eu saí de Xining, a capital dessa província, na semana passada com um mapa em chinês na mão e uma ideia fixa de me perder pelo interior dessa região seguindo lentamente sempre em direção ao sul tentando chegar até a fronteira com o Vietnam antes que o meu visto chinês expire no dia 25 desse mês.


Grudei o mapa no vidro do guichê da rodoviária e apontei para um parque que fica a alguns quilômetros da cidade. Consegui um bilhete todo em chinês e de alguma forma embarquei num micro-ônibus sem saber ao certo para onde eu estava indo. Todo mundo foi desembarcando em diferentes pequenas cidades e quando fiquei sozinho no ônibus com o motorista ele parou em uma vila e apontou o dedo para baixo num sinal indiscutível de que aquele era o meu destino final. Sem saber ao certo o que fazer e para onde ir eu coloquei a mochila nas costas e comecei a andar e retribuir os sorrisos e cumprimentos das pessoas do lugar. Não havia caminhado nem 100 metros e um médico monge budista, para minha grande felicidade, começou a falar em inglês comigo e cinco minutos depois eu já estava me instalando no seu apartamento para passar a noite. Como ainda era cedo, ele me convidou para visitar a região com o seu carro e fomos até um lago que, por sua beleza, acabou se tornando uma área de lazer. Vários tibetanos bebiam cerveja e comiam carne de yake e acabamos ficando por algumas horas bebendo com eles. Estavam todos tão alegres e me trataram como se fosse um convidado de honra e tive que provar de tudo, beber, fumar e tirar fotos com todos.


Depois fomos ainda para um templo onde mulheres haviam feito uma sopa típica com massa e carne de yake para um grupo de monges e tive que comer novamente. Antes de voltar para o apartamento do meu mais novo amigo, paramos na casa da sua irmã para, acreditem, jantar novamente. Ela havia feito comida especialmente para minha visita e, mesmo achando que eu não conseguiria comer mais nada naquele dia, provei um pouco de tudo pois diante de tanta hospitalidade você acaba sempre achando um espaço em seu estômago.


No outro dia pela manhã, antes de ir para o seu trabalho no hospital do monastério, ele fez questão de me deixar na entrada do parque e veio me buscar para almoçar com ele num restaurante da cidade. Como se a hospitalidade não tivesse limite, ele não me deixou pagar a conta e um amigo chamado Jack, que falava também um pouco de inglês, insistiu em beber cerveja comigo.


Depois de almoçar e tirar fotografias com vários locais no restaurante me levou até a cidade vizinha para pegar um ônibus até uma cidade ao sul famosa por um monastério muito antigo. Pediu desculpas por não poder esperar pois tinha compromissos mas fez o cunhado ficar lá esperando o ônibus comigo num cruzamento da cidade. Como o ônibus demorava e estava quente, o meu mais novo amigo, que não falava uma palavra em inglês, me pagou um refrigerante e decidiu me colocar dentro de uma espécie de taxi que estava levando outras pessoas até o meu mais novo destino.


Depois de visitar o monastério e de tanta aventura nos últimos dois dias, achei um lugar na cidade, entre plantações de trigo, perfeito para acampar e tive uma das melhores noites de sono da minha vida. Na manhã seguinte, depois de ter experimentado tanta generosidade e hospitalidade, decidi experimentar pedir carona. Caminhei até a saída da cidade e em poucos minutos um caminhão parou e me levou por vários kms até uma cidade no meio de uma pradaria gigantesca. Estava chovendo e fazia muito frio pois a cidade ficava a mais de 3000 metros de altitude. Lá, depois de jantar, dois monges, me levaram até uma espécie de hospedaria e consegui um quarto quentinho mas sem banheiro e tive que tomar banho numa pequena bacia.


(CONTINUA)


; for you.
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Image by aferrate a tu vida , tristessa

Viernes por la noche; 3:45 de la madrugada.


Dormí por un momento, o al menos eso creo. Cerré los ojos y soñé, tuvo que ser un sueño, porque lo que en él había era algo demasiado perfecto, era “too much”. Soñar con sentimientos nuevos, soñar con una persona capaz de hacer cambiar rumbos, perspectivas, miradas; soñar con algo tan bonito como lo puede ser el amor y al darme cuenta no estaba soñando, al darme cuenta solo tenía los ojos cerrados, solo estaba pensando en que es lo que quiero para mi vida, más bien, estaba recordando un poco lo que eres tú, en resumen, todo lo que eres tú.


Debo ser sincera y tengo que reconocer que por mi vida si han pasado muchas, ninguna igual a la otra por supuesto, pero dentro de todas hay una que sobresale en demasía, una que no cae en ningún tipo de clasificación, en ningún grupo, ni siquiera dentro de un prototipo; sin duda ella es diferente, es especial, es valiosa, es importante. Importante porque de una u otra manera marca un antes y un después, un antes y un después de ella, un antes y un después de su efecto, un antes y un después de su efecto mariposa; sin duda ella lo es, sin duda ella es, sin duda lo eres. "El simple aleteo de una mariposa puede cambiar el mundo" ¿lo sabías? Y tú has cambiado el mío.


Si me preguntas el cómo o el por qué, realmente me es difícil de explicar, puedo decir que con tu presencia mis días son más dulces, puedo decir que con tu apoyo las cosas se sienten menos complicadas y también puedo decir que con tus “te quiero” todo lo demás no existe, y también puedo decir que tu mirada… tu mirada lo es todo para mí. ¿Cómo alguien puede tener en su mirar la capacidad de dar tranquilidad y sosiego al mismo tiempo?


Después de todo, si el destino no existe, esta debe ser la coincidencia más hermosa y perfecta que ha tenido mi existencia, y por dios, alá, buda, Huidobro, Lorca, Cortázar y todos los grandes… no lo quiero perder, no te quiero perder. No te quiero perder ni a ti, ni tus besos, ni tus manos, ni el gozo de oír la palabra justa cada noche antes de dormir, ni perder tus mañas, ni tu boca de pato’, ni tu leche descremada con café con “doz” de azúcar, tampoco perder esa regla de no fumar en la pieza antes de dormir… tampoco, perder tu cariño.


Al fin y al cabo, no sé si estoy haciendo las cosas bien, tan solo ya no me guardo nada, y estoy aquí con estas ganas de amarte, estoy aquí en frente de ti con la mirada más sincera y una voz nerviosa, estoy aquí, queriéndote y por sobre todo, queriendo lo mejor para ti, que seas feliz y que nada te haga falta, estoy aquí, contigo mi chinita.


¿Cómo no decirte las cosas? Cuando te conocí no pensé que te volverías tan importante para mí, tan importante en mis días, tan importante en mi vida, sin más, eres el valor que necesitaba, eres la fuerza que había perdido, eres esas palabras que me hacían falta, eres esa voz que nunca está demás; después de todo, te comencé a admirar, te admiro, de una forma que jamás había admirado a nadie… por tu forma de ser, por tu forma de enfrentar las cosas, por tu forma de sonreír y disfrutar cada día. Debo confesar que te quiero, por esto y por mucho más, o quizás, te quiero sin tener si quiera la menor idea del por qué, solo te quiero, te quiero mucho, más que mucho, te quiero tal cual como eres, y tienes que saber que no te cambiaría por nada ni nadie en este mundo, ni en ningún otro.. y como diría Rousseau “desear no es querer. Se desea lo que se sabe que no dura. Se quiere lo que se sabe que es eterno” perfectamente podrías ser eterna para mí.



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